Nós, na chuva e curtindo.
Também, com um visual assim, até na chuva é massa. E impressionante.
Aproximamo-nos então do Monte Tronador onde já presenciamos uma palhinha de um dos seus glaciares.
Quanto mais aproximavamos, mais o tempo fechava culminando numa chuva que a princípio estragou nosso dia.
Mas após algum tempo esperando a chuva passar dentro do carro, não aguentamos. Vestimos nossos capotes e foda-se a chuva que acabou dando uma trégua momentânea.
E não é uma chuvinha dessas que nos impede de curtir. O problema maior são os pingos nas lentes.
Afinal de contas eu não queria estragar uma foto como esta.
Um troço realmente espetacular. Gelo que parece pintado a lápis. Ventisqueiro Negro. Parque Nacional Nahuel Huapi.
Não havia mais um camping ali, apenas espaços livres para acampar as margens do lago Mascardi.
Nós e mais um casal de Buenos Aires acampamos pela área que ficava bem a beira da estrada.
Pic-nic a beira do lago. Nada mal.
Rodeados por um cenário mágico de luz mutante.
E segue o incrível caminho para o Cerro Tronador.
Próxima parada do dia, Cerro Otto. Bem mais alto que o Cerro Campanário, um teleférico fechado e um preço a altura. Vista quase que total do Lago Nahuel Huapi.
Bariloche parece então uma cidadezinha pequena la de cima.
Ju tirando um tatu do nariz do duende. Ele gostou.
No famoso restaurante panorâmico e rotatório, o prato mais infeliz e caro da viagem. Uma truta mixuruca e mal feita com um acompanhamento mais tosco impossível. Por sorte pedimos apenas um prato. Dica: Visite o restaurante e peça a coisa mais barata quem tem lá só para matar um tempo. Melhor comer em outro lugar.
Arrotando aquela porcaria de truta fomos fazer uma trilhazinha partindo do restaurante que é aquela coisa com telhado vermelho lá em cima.
A vista pelo menos compensou o fracasso do almoço.
Quando chegamos em San Carlos de Bariloche chovia. Com chuva, o melhor negócio é entrar num bar, beber, conversar e atualizar o blog.
Visitar um museu, olhar umas lojas, tomar um chocolate quente é legal. Mas não demora muito e estou de saco cheio, louco pra sair dali, subir uma montanha, caminhar num campo. Na verdade, esperar que o dia de amanhã não seja mais um dia de chuva.
Nossa vontade foi atendida e pelo menos a chuva parou no dia seguinte. Primeira parada, Cerro Campanario.
Se esta não é a melhor vista de Bariloche, qual seria então? Difícil de dizer.
Praias particulares, hotéis em pontos estratégicos as margens do lago, barcos e um cenário que parece fabricado para o turismo internacional.
Turistas, like everybody else. A chuva parou mas o frio nessa altura chamou a gente para uma xícara de irish coffe na confiteria panorâmica.
Um zoom na cidade de Bariloche as margens do lago Nahuel Huapi. Sorte de quem vive por lá.
E para nós, é hora de descer e partir para outro ponto turístico antes que começe a chover novamente.
Puerto Manzano é um bairro humilde de Villa La Angostura. Com uma arquitetura singular.
Chalés charmosos e preços que despencaram devido ao vulcão. Corram enquanto é tempo.
E para os bem humildes tem até apartamento.
Os miseráveis tem que se contentar com o camping. Há lugar para todos e qualquer lugar aqui tem seu charme.
Camping La Estacada. Para aqueles que tem na natureza, o luxo de que necessitam.
E numa manhã cinzenta partimos para novas aventuras levando um pouco de cinza por tudo que era superfície.
Esta incrível foto do Cordón Caulle, infelizmente não foi a gente que bateu, mas ela mostra como estava a atividade do vulcão na época que estávamos por perto. Obviamente quem bateu a foto estava numa expedição científica, já que é totalmente proibido por questões de segurança que turistas cheguem a esta distância da cratera ativa. Uma pena pois adoraríamos presenciar um cenário assim. Agora afinal, o vulcão se chama Puyehue ou Cordón Caulle? Eu já nem sei mais.