Chagamos em Punta Tombo já era tarde da noite. O caminho era uma escuridão e chegou a ser tenso por conta desse clima. Não havia nada ao redor. Foram alguns quilômetros na estradinha de chão que da acesso a reserva natural. Chegando no local não havia sinal de vida, a não ser o barulho do vento e o barulho dos pinguins, que podia ser ouvido a distância. A gente não sabia onde estavam os pinguins, se estavam ali, a poucos metros da gente, ou mais longe, e se o local era seguro. Tensão no ar. Sei que paramos o carro em um dos estacionamentos do local e ali improvisamos nosso acampamento de emergência, montando a barraca no concreto debaixo de uma cobertura onde havia um grande mapa do complexo turístico. Foi uma noite mal dormida, não sabíamos se podíamos estar ali, se alguém apareceria para nos enxotar, mas foi a única maneira.
Para nosso alívio deu tudo certo. Acordamos antes do sol nascer e não apareceu ninguém para nos correr de lá, apenas o pessoal que trabalha no local chegou cedo, quando a gente já havia guardado a barraca. Apareceu um guia em seguida e parecia estar surpreso com a nossa chegada naquele horário. Nos deu algumas orientações e lá fomos nós, os primeiros turistas do dia a comprar os tickets de entrada.
O centro de visitantes surpreendeu. Uma construção grande e moderna que parecia ter sido terminada ontem. Dava vontade de morar no banheiro tamanha limpeza e beleza do local. Era engraçado, porque estávamos sozinhos ali naquela estrutura imensa.
Estranho todo aquele concreto onde mesmo a céu aberto só o que se vê são os grandes muros e pegadas de pinguins feitas no chão de cimento.
Havia também um museu marinho mostrando tudo sobre os pinguins entre outros animais marinhos encontrados nos mares da região.
Tudo muito bonito e explicativo mas onde estão os pinguins?
Expedição Guanacos 